domingo, 8 de janeiro de 2012

Neste espaço toda a subjectividade de um substantivo.



Cenas, cénicas, seca do caralho quando o 'c' encaracola. O que sucede é que tenho trava-línguas muito próprios. Eu não sou cético, nem irónico, mas já estive nesse lugar, onde essas coisas distintas se conjugaram num muito próprio fel, típico de uma fase que atravessam quase todos os adolescentes. Confesso que me ficou o gostinho, porque era bom ser a puta que trazia o nojo e o descrédito à conversa, fogueava os canteiros e electrocutava os passarinhos. Mas como toda a menção na vida acabou por me passar, e assim fiquei, com a palete seca. Seca do caralho, mas não para sempre, porque de quando em quando pinga, hormonas que se amotinam no cérebro. E quase me rebenta a cabeça no esforço! Não sei se não posso, se não quero ou não mereço. Acontece que ceticismo e ironia jogam muito em sensualidade e eu sou a primeira na fila para ser chulada. Agora, como raio convenço com verdade o afecto que posso, a uma criança maliciosa que me devolve o sorriso d'escárnio e não me quer porque perdi primeiro?

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