Sagrada, Maria nossa, cristalina!
Treva azul, etéreo manto, o gelo
Que te envolve e nos domina.
Esperança, noção feminina,
Em que te cremos o tanto encanto,
Alto e divino o teu zelo.
Não bastasse querê-lo tocar,
Consumir essa materialização de apelo,
Somos ainda a vontade da acção sem fim,
Sem destino ou necessária realidade.
Clamamos! Sereníssima Rainha,
Um vocativo tão maior que nós,
Treva azul, etéreo manto, o gelo
Que te envolve e nos domina.
Esperança, noção feminina,
Em que te cremos o tanto encanto,
Alto e divino o teu zelo.
Não bastasse querê-lo tocar,
Consumir essa materialização de apelo,
Somos ainda a vontade da acção sem fim,
Sem destino ou necessária realidade.
Clamamos! Sereníssima Rainha,
Um vocativo tão maior que nós,
Porque nas estrelas do teu manto
Somos o propósito desses pós,
Fecundos na Caridade dos teus olhos.
Viveremos suspensos sobre o eterno,
Na efemeridade dos segundos,
Do lirismo e da rima prosada,
Porque nos perece à nascença a palavra
Muda que é aos teus sentidos.
E secando-nos as lágrimas e os rios,
Apodrecendo a terra sob sanguíneas marés,
Jazigos seremos na lei imperativa
Que em verbo torna a carne fraca,
Fé professa nesses jocosos pés.
Somos o propósito desses pós,
Fecundos na Caridade dos teus olhos.
Viveremos suspensos sobre o eterno,
Na efemeridade dos segundos,
Do lirismo e da rima prosada,
Porque nos perece à nascença a palavra
Muda que é aos teus sentidos.
E secando-nos as lágrimas e os rios,
Apodrecendo a terra sob sanguíneas marés,
Jazigos seremos na lei imperativa
Que em verbo torna a carne fraca,
Fé professa nesses jocosos pés.