Inevitável lembrar-me de ti. Me lembrar de ti.
Fugir à órbita dos espelhos. Corredores cuidados, velhos.
Inevitável a lembrança, eco reflectido, a sombra que não vi.
Me lembrar de ti. Estatuetas, bustos gastos, cuidados.
Quando me lembro não é exactamente lembrar-me.
Inevitável é sempre o sujeito. Como se existir fosse orbitar, essencial, fatídico.
Quando me lembro é o meu reflexo no ócio de um cigarro, à esquina, esperando que eu passe, como se tocasse no ombro... Oh e quando toca, como se estendesse a primeira pessoa, memória que se faz carne. Me lembrar nunca será de nada mais para além de mim, o que inevitavelmente implica seres meu, concluo.
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Ainda bem que voltaste a escrever :)
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